O volume de carne de frango exportada in natura, em maio, foi o maior desde julho de 2018, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia). De acordo com o relatório da Secretaria, em maio, 383,2 mil toneladas de carne de frango in natura foram exportadas, 5,6% acima do volume escoado em abril e 2,9% a mais que o de maio de 2020.
Além do incremento na quantidade, o aumento no preço médio do produto embarcado também favoreceu o resultado financeiro do setor, compensando o recente enfraquecimento do dólar frente ao Real. Em termos financeiros, com o recuo do dólar frente ao Real entre abril e maio, o setor teve mais espaço para negociar o preço dos produtos exportados.
Segundo dados da Secex, o valor médio da carne de frango in natura foi de US$ 1,55/kg em maio, representando um avanço de 2,9% frente ao mês de abril. Assim, no total, exportadores brasileiros arrecadaram R$ 3,15 bilhões, 3,4% acima do observado no mês anterior e o maior montante da série histórica da Secex.
Além das vendas externas aquecidas, a boa liquidez doméstica da carne de frango na maior parte de maio também favoreceu o escoamento da produção, reduzindo os estoques do setor. Em algumas praças pesquisadas pela equipe do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), agentes chegaram a relatar falta de certos produtos.
Esse cenário elevou os preços da carne e também do animal vivo em maio. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado teve preço médio de R$ 6,64/kg em maio, aumento de 12% na comparação com o do mês anterior. Para o frango vivo, na média das regiões do estado da São Paulo, o avanço mensal foi de 10,3%, com o animal cotado a R$ 5,17/kg no último mês.
Fonte: https://avicultura.info/