Cuidados que o suinocultor deve ter com fígado do suíno
Todo suinocultor sabe que o manejo adequado é fundamental para a produtividade e também para bem-estar animal. Especialistas recomendam atenção ao fígado dos suínos para não comprometer o desempenho. Confira na integra a entrevista para AgroMais sobre o assunto com Augusto Heck, médico veterinário e gerente técnico de suínos da Biomin.
Fonte: BIOMIN
ONG efetua consulta global sobre aquisição de ovos provenientes de poedeiras livres de gaiolas
Grupo de trabalho reúne algumas das maiores empresas de alimentação do mundo, e coloca foco no ovo e ovoprodutos.
O Grupo de Trabalho de Bem-Estar das Galinhas Poedeiras da Coalizão Global para o Bem-Estar Animal (GCAW, na sigla em inglês, ONG composta por 13 empresas membros, como Nestlé, Unilever e Tyson Foods) identificou a aquisição de ovoprodutos provenientes de poedeiras sem gaiolas como um desafio chave para atender aos compromissos globais propostos pela entidade. Especificamente, os desafios estão centrados na disponibilidade, custo e rastreabilidade de ovoprodutos provenientes de poedeiras sem gaiolas.
Frente a essa constatação, o Grupo de Trabalho decidiu realizar uma consulta pública de âmbito mundial para reunir experiências mais amplas sobre o potencial de modelos alternativos de cadeia de suprimentos que facilitem a aquisição de ovoprodutos efetivamente provenientes de poedeiras sem gaiolas.
Os modelos de cadeia de suprimentos a serem considerados na consulta são baseados nos descritos pela Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (RSPO): ‘Segregado’, ‘Balanço de Massa’ e Manual e Reivindicação’ .
O foco da consulta, que vai até setembro 2021 , é buscar feedback sobre possíveis soluções para a aquisição de ingredientes de ovoprodutos livres de gaiolas. Estamos ansiosos para ouvir os produtores de ovos, associações industriais, outras empresas de alimentos e organizações não governamentais.
Clique aqui para acessar o site da GCAW e conhecer a íntegra da consulta que está sendo realizada.
Todos os comentários recebidos serão tratados com a maior confidencialidade. Para evitar que respondentes individuais sejam identificados, qualquer informação coletada por meio da consulta será agregada ou tornada anônima pela Secretaria da GCAW antes de ser compartilhada publicamente ou com os membros da GCAW.
Ao final do período de consultas, prepararemos um relatório resumido das respostas recebidas. Isso será publicado no site da GCAW. Também planejamos apresentar os resultados em um webinar público, para o qual os respondentes serão convidados. As informações resultantes da consulta serão usadas para ajudar a informar o trabalho do Grupo de Trabalho de Bem-Estar das Galinhas Poedeiras da GCAW, com implicações para as empresas membros e cadeias de suprimentos mais amplas da indústria de alimentos.
Fonte: GCAW
Autor: Assessoria de Imprensa
Matéria: OVOSITE
Nova alta no custo de produção de aves e suínos
É o que aponta nova levantamento divulgado pela Embrapa.
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos voltaram a subir em julho, segundo levantamento da Embrapa. Tanto o indicador ICPFrango quanto o ICPSuíno ultrapassaram a barreira dos 400 pontos, alcançando 400,79 e 406,41 pontos, respectivamente.
O indicador que mensura os custos dos suínos subiu 4,15% no mês, influenciado, principalmente, pelas despesas operacionais com a alimentação (3,93%). No acumulado dos primeiros sete meses de 2021, o ICPSuíno avançou 8,33%. No período de 12 meses encerrado em julho, a variação positiva chegou a 50,22%.
Com a escalada, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo em Santa Catarina ficou em R$ 7,10, em média, de acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa.
No caso do frango, o custo subiu 0,42% em julho, mesmo com a queda de 0,77% no valor de aquisição dos pintinhos de um dia. Com isso, o ICPFrango acumulou um aumento de 18,97% de janeiro a julho e de 50,72% no intervalo de 12 meses.
O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário climatizado em pressão positiva, ficou em R$ 5,18, em média, em julho.
A aplicação de probióticos nos incubatórios prepara o sistema imunológico de aves
Em webinar, especialista da Biomin destaca a importância e os benefícios do uso precoce de probióticos multiespécies para melhorar o desempenho e o controle de doenças na avicultura.
Valenzuela explica que o período inicial é decisivo para as aves e representa de 16 a 20% do seu ciclo de vida. Logo após a eclosão, no primeiro dia, as aves sofrem influência interna e externa. Nesse momento, a higiene extrema pode afetar negativamente o seu microbioma e a resposta imune. Outro fator estressante é a significante queda da temperatura corporal após a vacinação. “O uso de medicamentos ou antibióticos promotores de crescimento também não são recomendados nesse período pois podem atrapalhar o desenvolvimento da microbiota benéfica da ave“, informa Luiz Valenzuela.
Em um estudo realizado na Wageningen University (Holanda), o pesquisador Dirkjan Schokker concluiu que o uso de antimicrobianos em pintinhos de um dia afeta negativamente o desenvolvimento da imunidade intestinal. Isso ocorre devido à perturbação no equilíbrio da microbiota ao impedir a colonização de bactérias benéficas que estimulam a resposta imune.
O especialista explica que o uso de antimicrobianos é comum nos primeiros dias, quando os animais estão sob estresse, devido a fatores externos como a aplicação de vacinas e o transporte da incubadora para a granja. Nesse período os riscos para a saúde das aves são elevados. Porém, existem avicultores que lançam mão de rações com antibióticos promotores de crescimento que, em tese, deveriam diminuir a ocorrência de doenças oportunistas e melhorar a resposta imune. “Como o estudo comprovou o efeito é negativo, logo é preciso pensar em formas naturais de fortalecer as defesas das aves”.
O uso de probióticos multiespécies é uma solução natural promovendo a maturação do sistema imune das aves. Um estudo da Universidade da Geórgia (EUA) mostrou que a forma como a solução probiótica é aplicada também interfere na sua absorção. “A apresentação em gel se mostrou 30% mais eficiente na aplicação. Entre os benefícios do uso de probióticos ainda no incubatório está a hidratação (importante fator durante o transporte das aves), menor risco de disbioses e redução da mortalidade na primeira semana, melhor ação de vacinas, maior ganho de peso e uniformidade do lote“, afirma Luiz Valenzuela.
A ação precoce dessas bactérias benéficas começa pela colonização de vilosidades intestinais, antes mesmo que as aves cheguem aos galpões. “E por que isso é importante? Na granja, as aves terão de lidar com patógenos desafiadores, como Salmonella spp. e E. coli., então, quanto antes forem colonizadas por bactérias que excluam competitivamente as bactérias patogênicas menores são os riscos de contaminação. Os probióticos multiespécies também auxiliam na acidificação do muco onde estão, com a produção de ácido lático que é extremamente benéfico até os 21 dias de vida. A produção de outros metabólitos também é favorecida, como o acetato, o propionato e o butirato. Este último é responsável por inibir a translocação de Salmonella spp dos cecos até o intestino delgado“, complementa Luis Valenzuela.
Fonte: Fabio Lu Huaqiang
Fonte: https://www.biomin.net/
Milho e soja recuam nos EUA, diante de chuvas e quedas em outros mercados
O milho para dezembro fechou em queda de 2,75 centavos de dólar, a 5,5375 dólares por bushel
Os contratos futuros do milho e da soja dos EUA recuaram nesta segunda-feira, pressionados pelas chuvas benéficas no final de semana no cinturão produtor e pela fraqueza dos mercados de outras commodities, incluindo petróleo e ouro, afirmaram os analistas.
O trigo seguiu a tendência, com um dólar em alta aumentando esse sentimento baixista.
O milho para dezembro fechou em queda de 2,75 centavos de dólar, a 5,5375 dólares por bushel, e a soja para novembro fechou em baixa de 7 centavos de dólar, a 13,2975 dólares o bushel.
O trigo para setembro recuou 7,75 centavos de dólar, para fechar a 7,1125 dólares o bushel.
“As chuvas durante o fim de semana no centro dos EUA favoreceram as planícies centrais e o centro-oeste e o norte do Meio-Oeste. As chuvas recentes levaram a melhorias na umidade do solo… favorecendo o milho e a soja”, disse a empresa de tecnologia espacial Maxar em nota meteorológica diária.
Antes do relatório de progresso semanal da lavoura, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) às segundas-feiras, analistas consultados pela Reuters esperavam em média que as condições do milho e da soja seguiriam inalteradas em relação à semana anterior.
Os traders também esperam direções do relatório mensal do USDA de oferta e demanda, na terça-feira, em que o governo dos EUA deve diminuir as estimativas de produção e produtividade do milho e da soja dos EUA.
Produtor otimiza uso da ração e melhora conversão alimentar das aves com manejo correto
BRF estimula que criadores reforcem ainda mais a atenção à climatização no inverno, assim com os controles dos comedouros, constantemente, para evitar desperdício do insumo.
A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, está cada vez mais atenta ao uso racional da ração e vem reforçando orientações entre seus mais de 10 mil produtores integrados. Com a nova onda de baixas temperaturas que chega à Região Sul, essas medidas ganham ainda mais importância, pois além de ser uma ação sustentável que evita desperdícios, a melhor gestão deste insumo tem reflexo na rentabilidade e eficiência das granjas.
“Ter a máxima atenção à climatização dos aviários é uma das formas de melhorar a conversão alimentar de ração em carne. Estar atento à climatização e contar com comedouros bem ajustados são medidas eficientes e ao alcance de todos os produtores.”, explica Marcus Reginatto, gerente executivo da área de nutrição animal da BRF.
Manter as aves dentro da zona de conforto térmico permite que elas expressem todo seu potencial genético e sejam mais eficientes na transformação de ração em ganho de peso. Se o aviário estiver em temperatura abaixo ou acima do ideal, as aves precisarão de mais alimentos para equilibrar a temperatura corporal. Por consequência, a energia consumida, que deveria ser direcionada ao crescimento da ave, é perdida.
Entre os exemplos de como o manejo adequado tem reflexos na conversão da ração em proteína está o trabalho desenvolvido pelo produtor Gilmar Chimento, de Marau (RS). Com diferentes ações, investimentos e controles mais modernos do aviário, ele melhorou em cerca de 25% a conversão alimentar nos últimos anos.
Produtor integrado há 26 anos, Chimento tem hoje 4,8 mil metros de galpões em dois aviários, que alojam 67 mil aves. Em 2015, ele modernizou e automatizou os espaços, otimizando a troca de ar, com vedação avançada e criando um microclima perfeito.
“Melhoramos a conversão de 1,9 quilo de ração para cada quilo de frango produzido para 1,5 quilo nos últimos anos. Isso com sistemas automatizados dos controles dos comedouros e da temperatura, com mais conforto aos animais e boa distribuição de água, o que ainda nos ajudou a reduzir o trabalho manual”, comemora Chimento.
Lonas adequadamente vedadas evitam a fuga de calor no frio, por exemplo, e por consequência, a propriedade irá demandar menos recursos em energia. Ou seja, o produtor terá um ganho duplo com o uso racional de rações e energia elétrica. Outro ponto que exige atenção é o manejo dos comedouros. Comedouros com abertura e/ou altura mal reguladas podem levar ao desperdício de ração na cama (conjunto de materiais utilizados para forrar o piso dos aviários) ou reduzir o consumo do alimento e, consequentemente, o crescimento das aves.
Para Reginatto, a união de esforços da indústria e dos produtores integrados é o melhor caminho para tornar as granjas cada vez mais eficientes e sustentáveis. “Evitar desperdícios, de qualquer tipo, é uma missão constante da BRF”, ressalta o gerente executivo da área de nutrição animal da BRF.
Vendas aquecidas de ovos sustentam os preços, aponta Cepea
Alto valor das carnes favorece o consumo doméstico de ovos.
Após as altas observadas no início de julho, as condições favoráveis à venda de ovos e o controle da oferta sustentam os patamares de preços do produto.
Antes da porteira, as temperaturas mais baixas permitem melhor controle da produção, enquanto na ponta final, o alto valor das carnes favorece o consumo doméstico de ovos.
Mesmo com o avanço do mês, colaboradores do Cepea relatam nesta segunda-feira (19) que os negócios não se enfraqueceram, e os descontos na comercialização, que vinham ocorrendo mesmo em momentos de altas nos preços, diminuíram.
Exportações de ovos mantém alta de 145,1% em 2021
Receita acumulada no semestre é 152,9% superior ao realizado em 2020
As exportações brasileiras de ovos (in natura e processados) acumularam alta de 145,1% no primeiro semestre de 2021, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, foram exportadas 5,6 mil toneladas neste ano, contra 2,3 mil toneladas no mesmo período do ano passado.
As vendas do semestre geraram US$ 8,024 milhões, número 152,9% superior ao realizado nos seis primeiros meses de 2020, com US$ 3,173 milhões.
Considerando apenas o mês de junho, o volume mensal exportado chegou a 554 toneladas, dado 162,2% maior que as 211 toneladas exportadas no sexto mês de 2020. O resultado em dólares dos embarques alcançou US$ 1,016 milhão, que supera em 172,5% o desempenho do mesmo período do ano passado, com US$ 373 mil.
Os Emirados Árabes Unidos continuaram como destino principal das exportações, com 3,947 toneladas exportadas no primeiro semestre (+358,4% em relação ao mesmo período de 2020). Também se destacaram as vendas para o Japão, com 245 toneladas (+81,6%) e Omã, com 271 toneladas (sem comparativos relatados, com embarques iniciados recentemente).
“O setor está direcionando seus esforços para as exportações de forma mais significativa neste ano, com o objetivo de reduzir os impactos gerados pelos custos de produção. São destinos com alto valor agregado, que se refletem em melhor desempenho em preço médio e mais rentabilidade, para amenizar as contas diante das altas históricas do milho e do farelo de soja”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.